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Ataque à política de valorização do salário mínimo 'esquece' seu benefício

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28.09.2025

O economista Fabio Giambiagi, pesquisador do Ibre-FGV (Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas), especialista em contas públicas, tem um histórico de polêmicas na área de sua especialidade. A mais recente dessas polêmicas veio com a publicação de um artigo em que calcula a "piora fiscal" causada pela política que garante ganhos reais, acima da inflação, ao salário mínimo.

Reajustes reais do salário mínimo foram retomados neste terceiro mandato de Lula, depois de sete anos em que o mínimo foi reajustado apenas pela inflação, sem ganhos reais, nos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro.

Giambiagi se alinha ao grupo de economistas de pensamento econômico dito ortodoxo, que defende a austeridade fiscal como caminho para reduzir a taxa de juros e promover crescimento econômico sustentável.

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Esta é, de certa forma, uma versão atualizada da velha teoria de que é preciso fazer primeiro o bolo crescer para depois distribuí-lo. Na lógica da austeridade fiscal dos ortodoxos, primeiro vêm os "sacríficos" — no caso, cortes de programas sociais dirigidos aos mais pobres — e depois os benefícios derivados do equilíbrio fiscal, como um crescimento mais sustentável da atividade econômica.

No artigo em que aponta a "piora fiscal" com a política de valorização do salário mínimo, publicado na edição de setembro da revista "Conjuntura Econômica", Giambigi calcula o impacto do salário mínimo corrigido pela inflação do ano anterior e a variação do PIB (Produto Interno Bruto), nos dois anteriores, conforme a regra de reajuste vigente, que retoma a que foi adotada nos dois primeiros mandatos de Lula e nos governos de Dilma Rousseff.

Considerando apenas os impactos sobre as contas da Previdência e do BPC (Benefício de Prestação Continuada), o economista estimou........

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