27 anos de prisão é muito ou é pouco?
Jornalista, foi editor de Opinião. É autor de "Pensando Bem…"
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Meu lado sádico se deleitaria em ver o ex-presidente passando uma longa temporada na Papuda, mas não creio que ele valha o sacrifício de minha coerência.
Sempre abracei o minimalismo penal e não vou mudar de posição agora só porque não tenho apreço pelo condenado. A discussão de penas tem algo de metafísico. O que é uma pena justa? Exceto pela lei de talião, o famoso "olho por olho" que consta da Bíblia, correspondências retributivas não são óbvias. Quantos anos de cadeia "pagam" um assassinato?
E a "lex talionis" não funciona bem no mundo moderno. Até o mais veemente punitivista concordaria que seria exagero executar o motorista que sem querer matou um pedestre. E qual seria a punição do tipo "dente por dente" para lavagem de dinheiro ou falsificação de obra de arte?
Na melhor tradição iluminista, que busca conciliar a pacificação social com princípios humanistas, como a redução do sofrimento desnecessário, penso que as penas devem ser as menores possíveis que ainda produzam o efeito dissuasório sem o qual a vida em sociedade seria impossível.
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