menu_open Columnists
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close

O Supremo e os aditivos no cigarro

6 0
05.11.2025

Médico cancerologista, autor de “Estação Carandiru”

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

benefício do assinante

Você tem 7 acessos por dia para dar de presente. Qualquer pessoa que não é assinante poderá ler.

benefício do assinante

Assinantes podem liberar 7 acessos por dia para conteúdos da Folha.

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Lidar com vendedores de drogas ilícitas é tarefa complexa, como demonstraram os acontecimentos da semana passada no Rio de Janeiro. Enquanto houver dependentes químicos dispostos a qualquer sacrifício para comprá-las, existirão traficantes decididos a correr riscos para vendê-las.

O mesmo acontece no comércio das drogas lícitas. O caso dos vendedores de nicotina, droga causadora de uma das dependências mais avassaladoras, é semelhante. A diferença é que os primeiros ficam sujeitos à repressão policial e às masmorras que chamamos de presídios, em nosso país, enquanto os outros podem andar de terno e gravata e fazer propaganda com liberalidade, para viciar nossas crianças e adolescentes.

Quando fiz 17 anos acendi o primeiro cigarro e caí nas garras dos fornecedores, dependência química que me subjugou por 19 anos, no ritmo de um maço por dia.

Por ridículo que possa parecer, naquele tempo começávamos a fumar sem saber sequer que fazia mal. Éramos estúpidos? Talvez, mas a indústria tabaqueira é quem dava as cartas nos meios de comunicação de massa. Pobre do jornal, da revista, da estação de rádio ou da TV que ousasse publicar ou levar ao ar uma notícia ou entrevista que........

© UOL