Na minha coluna de despedida, contarei a forma estranha como ela começou
Colunista do New York Times desde 2008 e comentarista da rede MSNBC, é autor de “Fire Shut Up in My Bones"
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Nunca quis ser escritor. Eu era um designer de informações. Tornar-me colunista, como muitas coisas na minha carreira, foi um tanto por acaso.
Ao encerrar esta coluna, gostaria de compartilhar a forma estranha com que ela começou.
Depois de muitos anos na redação do New York Times como editor de gráficos e depois diretor de gráficos, e após uma breve passagem pela National Geographic, voltei ao Times: tinha almoçado com o editor-executivo, que me convenceu a retornar ao jornal. Eu disse a ele que gostaria de produzir gráficos para a seção de Opinião.
Quando me encontrei com Andy Rosenthal, então editor da página editorial e chefe da seção de Opinião, ele sugeriu que eu escrevesse introduções de 400 palavras para os gráficos, embora eu não fosse escritor. Ele rejeitou o título que propus, Op-Chartist, por ser muito complicado e me disse que eu seria apenas chamado de colunista.
Meu coração começou a acelerar. Quando saí do prédio, me encostei nele para evitar desabar. Eu estava hiperventilando.
Não só me deram um título muito maior do que minhas aspirações, mas naquele momento passei de cidadão privado, o que eu gostava e pensava que seria para o resto da minha vida, para uma figura pública.
Isso foi complicado para mim. Eu era um homem bissexual que sempre acreditou que as únicas revelações que precisava fazer eram para as pessoas com quem estava envolvido. Essa ideia foi destruída.
Sabia, pela minha experiência no jornalismo, que se você contasse sua própria história, ela, em certa medida, continuaria pertencendo a você, mas se os outros descobrissem sua história, ela se tornaria deles, e não teriam obrigação de serem graciosos ao contá-la.
Ao aceitar esse trabalho, eu estava me comprometendo a me assumir.
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