A guerra no Sudão não comove o mundo
Doutora em ciência da informação, mestra em educação e jornalista. Autora de "Quando me Descobri Negra"
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Se eu te pedir para pensar rapidamente em uma crise humanitária de grandes proporções, neste 2025, dificilmente você vai começar por um país africano.
Hospitais bombardeados. Crianças morrendo de doenças evitáveis, mulheres e meninas vítimas de violência sexual, comunidades inteiras sem acesso à água potável e à eletricidade. O cotidiano de milhões de pessoas atravessado por uma brutalidade silenciosa.
Nada de cessar-fogo, apesar das resoluções da ONU. Nem corredores humanitários, porque os próprios grupos armados bloqueiam a entrada de suprimentos básicos. O resultado é uma população encurralada, sem proteção nem atenção internacional.
No Sudão, mais de 13 milhões de pessoas, 1 a cada 5, estão deslocadas dentro do próprio país. Segundo o Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), metade desse grupo é formado por crianças, milhares delas desacompanhadas de suas famílias.
A ONU aponta que 50 milhões de pessoas estão em situação de insegurança alimentar aguda. Em 15 de abril de 2025, a própria página das Nações Unidas publicou: "Um grupo de relatores da ONU afirma que a crise de........
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