Vamos a velórios por quem morreu, por quem ficou ou por nós mesmos?
Jornalista e roteirista, é autora do livro "Almanaque da TV". Escreve para a Rede Globo
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Participar de velórios alheios nem sempre foi decisão voluntária. Num antigamente daqueles até recentes, era difícil desviar de certos ritos mortuários em plena sala de estar. Tipo eu, bem criança, indo beber água na cozinha. E minha tia-avó, de terço na mão, em cima da mesa. Formando uma fila que saía do apartamento e se estendia pela escada de serviço do prédio, dois andares para baixo.
"Vem ver de perto", cochichou meu pai, me puxando pela mão até tia Neném, que morreu idosíssima, apesar do apelido. Impressão minha ou estava de camisola? "Ordens expressas: foi a que usou nas núpcias...". E não só. Dentro do caixão, um maço de cartas amarradas com fita vermelha e assinadas por "Adolfo". Alguém que, veja bem, não era meu........
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