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Gerenciando riscos no agro

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06.04.2024

Estávamos desacostumados a ouvir a palavra "crise" no agronegócio brasileiro. O crescimento recente de pedidos de recuperação judicial no setor, especialmente no Centro-Oeste, tem sido surpresa após três anos de grande prosperidade. Um bom gerenciamento de riscos de mercado pode trazer mais previsibilidade, especialmente para pequenos e médios produtores rurais.

Estimamos uma quebra da safra de grãos inferior a 10% na média do Brasil em 2024, depois de uma alta importante de quase 20% no ano passado. Ou seja, será a segunda maior safra de grãos da nossa história. O problema parece estar associado também à queda recente de preços internacionais e à pressão altista em custos no setor, ocasionando perda de liquidez.

A bonança foi tanta que nos acostumamos a ver apenas o lado fácil da equação. A demanda global por alimentos só aumenta, na esteira de uma população crescente. Além disso, são poucos os países que possuem nossas vantagens comparativas: amplas áreas de terras agricultáveis, boa hidrologia, solo ajustável via fertilização e tecnologia disponível para o campo, pela excelência de centros de pesquisa e desenvolvimento genético.

Embora o agro seja "pop", não é fácil a vida de um produtor de grãos. Com eventos climáticos mais proeminentes e guerras afetando áreas importantes da produção mundial de grãos, a oferta e, consequentemente, os preços podem se tornar mais instáveis no contexto global.

Precisam comprar os insumos (sementes, agroquímicos e fertilizantes), cujos preços oscilam pelas cotações internacionais e pela taxa de câmbio, e ficar de olho no clima e até nos vizinhos para iniciar o plantio. Contratam o pessoal, colocam as máquinas para funcionar. Se errarem no ponto ou o clima não ajudar, podem perder as sementes. E o........

© UOL


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