menu_open Columnists
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close

É preciso levar obra do gozador Verissimo mais a sério

3 1
tuesday

Jornalista, atuou como repórter e editor. É autor de "Dicionário Amoroso do Rio de Janeiro"

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

benefício do assinante

Você tem 7 acessos por dia para dar de presente. Qualquer pessoa que não é assinante poderá ler.

benefício do assinante

Assinantes podem liberar 7 acessos por dia para conteúdos da Folha.

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Rico observador de nossos costumes, autor de textos breves sobre nossas vidas pública e privada, Verissimo escreveu seis romances não tão badalados. Neles estão a marca do grande artista, muitas vezes não levado a sério por fazer graça, divertir o leitor e adotar a estrutura dos chamados subgêneros —o policial, as tramas de espionagem.

Seus romances são artefatos de humor explosivo. Desde as primeiras linhas brincam com a ideia da pós-modernidade na literatura. "Me chamem de Ismael e eu não atenderei" é a abertura de "O Jardim do Diabo" (1988), paródia de "Moby Dick", o clássico de Melville: "Call me Ishmael".

Quem narra a história é um escritor de sucesso que ninguém conhece. Com pseudônimos, publica um livro por mês, brochuras mal impressas em papel barato que se esgotam nas bancas de jornal. Seu herói se chama Conrad, mas favor não confundir com Joseph, o escritor polonês de língua inglesa, pois........

© UOL