Igualitarismo na Educação: O Mito que Empobrece Alunos e Instituições
Recentemente, aquele que é, muito provavelmente, o melhor ministro da Educação dos últimos cinquenta anos viu-se envolvido em mais uma polémica, alimentada por equívocos deliberados e pela manipulação das suas palavras. Essa controvérsia acaba, porém, por revelar algo mais profundo: os dogmas de empobrecimento intelectual e de atraso estrutural que caracterizam um certo discurso dominante do progressismo e da esquerda interiorizada socialmente, neste caso o assistencialismo.
Apoiar os pobres passou, neste quadro ideológico, a significar criar lugares para pobres. Espaços onde os indivíduos são permanentemente definidos pela sua condição, vistos sempre como pobres e onde dificilmente poderão deixar de o ser. Em troca, concede-se-lhes o direito a pequenas esmolas simbólicas que aliviam a consciência moral do sistema, mas não promovem verdadeira emancipação.
Contudo, o mito mais destrutivo de amplos sectores da esquerda contemporânea e do progressismo institucional no campo educativo é o do igualitarismo. Sob o pretexto da inclusão e da justiça social, tem-se imposto em Portugal um modelo que desvaloriza a exigência, dissolve a responsabilidade individual e se recusa a reconhecer diferenças reais entre alunos. O mérito torna-se suspeito, o esforço é relativizado e a excelência passa a ser encarada quase como um estigma. Qualquer crítica realista a este dogma é rapidamente recebida com histeria moral e rotulação automática, como se defender igualdade de direitos implicasse aceitar o igualitarismo como princípio organizador da educação.
O resultado está à vista: insucesso escolar estrutural, desmotivação generalizada, mediocridade institucionalizada e um sistema educativo que mede o seu sucesso não pela formação de indivíduos capazes, livres e responsáveis, mas pela gestão burocrática do fracasso e pela produção de ilusões reconfortantes sobre o presente e o futuro dos jovens.
Todos os anos letivos, no momento da atribuição das classificações, repete-se a mesma litania cansativa. Percentagens elevadíssimas de alunos revelam dificuldades face a metas elementares, problemas de interesse, de comportamento e até de adequação às áreas em que se encontram. Em resposta, multiplicam-se fórmulas e malabarismos administrativos destinados a fazer “superar” artificialmente essas dificuldades, sem que os problemas de fundo sejam verdadeiramente enfrentados.
A causa profunda desta........





















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