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O Xangô do STF: o que dizem os búzios sobre Alexandre de Moraes

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Pode parecer improvável que as conchas sagradas das religiões de matriz africana nos ajudem a pensar os rumos de um ministro do Supremo Tribunal Federal. Mas os odù são os caminhos do destino revelados nos jogos de búzios, o oráculo da divindade Ifá. Os odù são mais do que previsões: são mapas simbólicos da vida, códigos ancestrais que iluminam as situações atuais de uma pessoa ou uma sociedade, assim como as revelações dos avisos do que vem pela frente.

Inspirado por uma fórmula conhecida dentro das tradições africanas, realizei o cálculo dos principais odù ligados à trajetória de Alexandre de Moraes. O resultado é surpreendente. Ele revela um homem atravessado por forças de transformação, silêncio, combate e responsabilidade. Um ministro que carrega no peito o machado de Xangô, mas também o fardo de quem julga personalidades descontroladas.

O texto da minha coluna dessa semana não pretende afirmar verdades absolutas. Como nos ensinam os mais velhos africanos, a leitura dos odù é sempre uma interpretação e não uma condenação. Mas ao olharmos para Moraes com os olhos de Ifá, talvez vejamos o Brasil de outra forma. Porque às vezes, para entender o presente, é preciso escutar o que vem antes, a força ancestral.

O odù de nascimento de Alexandre de Moraes é Osá, um dos mais complexos e poderosos caminhos do oráculo. Osá fala de movimentos intensos, pessoas que estão sujeitas à calúnia, pessoas que frequentemente vão experimentar rupturas emocionalmente marcantes, assim como sinaliza pessoas com coragem e uma forte predileção ao enfrentamento. É o odù de quem veio ao mundo com a missão de transformar, mesmo que isso cause incômodo. Não à toa, Osá é regido por forças que atuam na comunicação e na justiça, e tem relação direta com a necessidade de um........

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