Julgamento de Bolsonaro e anistia dividem Forças Armadas: podem gerar "instabilidade"
Os comandantes do Exército brasileiro observam com inquietação o desenrolar dos processos judiciais relacionados à tentativa de golpe de 8 de janeiro. Com julgamentos previstos para os próximos meses, há o temor de que novas revelações ampliem a crise dentro da instituição, aprofundando divisões e aumentando a pressão política sobre a caserna. No oficialato a maior preocupação reside na possibilidade de uma ofensiva judicial que exponha o engajamento de militares de alta patente na conspiração golpista.
Dentro e fora dos quartéis, a imagem dos militares enfrenta um desgaste sem precedentes. Para os setores que defendem a democracia, a instituição carrega o estigma de ter tolerado ou mesmo facilitado articulações golpistas. Já para a extrema direita, os generais são vistos como traidores por não terem garantido a permanência de Bolsonaro no poder. O resultado é que os comandantes atuais encontram-se isolados, sem respaldo político sólido e sob constante escrutínio tanto da Justiça quanto de grupos radicais.
A possível aprovação de uma anistia para militares investigados pelos atos de 8 de janeiro também divide opiniões.........
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