Divórcio, coparentalidade e filhos nas férias
O divórcio, ou a separação de um casal, é um processo exigente em termos de adaptação emocional para todos os elementos da família. A investigação tem demonstrado, de forma consistente, que a qualidade da relação coparental após a dissolução do vínculo conjugal é um dos principais factores para o ajustamento dos filhos. De salientar, que não é a separação dos pais em si que afeta negativamente a saúde mental das crianças, mas sim o nível e a natureza do conflito interparental e coparental que se verifica após esta transição familiar. No caso de uma relação tensa e conflituosa entre o ex-casal, a experiência de stress continuado vivida pelos filhos pode abalar o seu sentido de segurança e gerar um impacto negativo no seu bem-estar emocional.
Sendo certo que o fim do relacionamento de um casal com filhos implica tomar decisões e antecipar situações que poderão afetá-los, os adultos devem agir como tal e responsabilizarem-se individualmente, não um ao outro, por uma atitude em prol da proteção e estabilidade emocional das crianças. Tal poderá ser conseguido através de uma coparentalidade pautada por interações de cooperação e acordo entre os pais.
Na verdade, a coparentalidade é uma variável chave para proteger a saúde mental dos filhos após a dissolução conjugal. Da mesma forma que estudos encontram associações positivas significativas entre conflitos........
© PÚBLICO
