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A pedagogia da apresentação dos números: a recuperação do tempo de serviço docente

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Apenas no dia 12 de julho tive conhecimento do artigo de Marlon Francisco, publicado a 2 de junho no PÚBLICO, em resposta ao meu texto sobre o estudo da Nova SBE relativo à recuperação do tempo de serviço dos professores. Agradeço, antes de mais, a resposta e o tom cordial com que foi escrita.

Importa, no entanto, esclarecer com maior profundidade algumas fragilidades do estudo, sobretudo na forma como é comunicado. Quando falamos de políticas públicas em áreas tão sensíveis como a Educação e as contas do Estado, o rigor técnico tem de andar de mãos dadas com a clareza comunicativa. Caso contrário, o efeito não é o esclarecimento do público, mas a sua desorientação.

Comecemos por aqui: quando, no seu artigo, Marlon Francisco afirma que a reposição do tempo de serviço é muito onerosa e beneficia apenas um grupo restrito de docentes, há uma formulação que merece ser clarificada. A recuperação do tempo de serviço congelado não é um benefício: é uma reposição. É a devolução de tempo de trabalho efetivamente prestado, cuja contabilização foi suspensa por razões orçamentais e cuja justiça é, aliás, reconhecida por todos os intervenientes. Reduzir essa correção a um benefício distorce o debate e sugere um........

© PÚBLICO