Francisco e outros papas de cinema
Doze anos de pontificado que inspiraram uma meia dúzia de filmes, praticamente um filme a cada dois anos: este foi o efeito do Papa Francisco (1936-2025) na produção cinematográfica internacional, e é difícil encontrar outro Papa que tenha atraído a atenção de tantos cineastas de nomeada.
Fez-se muita coisa “audiovisual” sobre João Paulo II, mas foram sobretudo produtos para a televisão (telefilmes, mini-séries), na maior parte dos casos por “funcionários” cujo nome a história não lembra especialmente, e num lapso temporal consideravelmente superior (mais do dobro, vinte e sete anos).
Entre documentários e recomposições biográficas, Jorge Mario Bergoglio, eleito 266.º Sumo Pontífice em 2013, foi filmado por Wim Wenders, Daniele Luchetti, Gianfranco Rosi, Fernando Meirelles, que, enfim, não serão génios, nem fizeram com ele filmes geniais, mas também não são uns tipos quaisquer. O projecto mais singular desta filmografia “franciscana”, também um dos mais populares (foi feito para a Netflix), terá sido o de Meirelles, Os Dois Papas, que imaginava um diálogo entre© PÚBLICO
