Estrangeiros já não dão lucro a Benfica, Sporting e FC Porto
Reforços a 30 milhões de euros (ME)? Listas de compras anuais de 100 ME ou acima disso? Quem, mesmo sem interesse por futebol, tenha atenção aos noticiários já deve ter formulado a pergunta uma dúzia de vezes: há dinheiro para cartadas tão altas? Existe racionalidade na nova doutrina de contratações dos maiores clubes de futebol em Portugal? Coloquemos a coisa assim e cada um tirará a sua conclusão: entre a primeira e a segunda metade da década 2015/25, os gastos com contratações de Benfica, Sporting e FC Porto engrossaram cerca de 64%; as receitas de transferências cresceram à volta de 7%.
Dito por outros números, aqueles três clubes passaram de 550 ME consumidos em reforços para 900ME (mais 70ME/época), mas nas vendas subiram apenas de 1400ME para 1500ME (20ME/época), com um pormenor: é seguro retirar aos valores brutos das vendas pelo menos 10% (comissões, direitos de formação, etc.).
Neste ponto, quem tiver olho para contas, permite-se obstar: podem estar a financiar os reforços noutras rubricas. Sem dúvida. Entre as duas metades da década, o volume de negócios do Benfica subiu à volta de 50ME/ano, o do © PÚBLICO
