Falemos da morte
Desde que há registos sabemos que os humanos se interrogaram acerca da morte procurando significá-la no contexto das suas vidas. De um lado, surgiram as explicações naturais, em que, como tudo o que se observava, o humano nascia e morria numa continuidade de gerações que surgiam naturalmente. Do outro lado, explicações sobrenaturais entretecidas com mitos e narrativas religiosas, que procuravam dar sentido a esse acontecimento funesto alargando a vida no para lá da morte. Na verdade, parece haver na condição humana uma espécie de resistência ao que é puramente natural: seremos nós apenas isto, algo que se esvai no tempo e dele deixa pouca marca?
Não nos preocupávamos com a “imortalidade” de tudo. Por isso sempre convivemos bem com a morte na natureza: a corrupção é própria da matéria. Mas e a nossa corrupção? Porquê a morte, se o que desejo é infinito? Muitos filósofos e teólogos responderam a essa inquietação colocando-nos numa espécie de limbo: não, não seríamos puramente animais, nem tão pouco puramente anjos, mas qualquer coisa de intermédio, formado por duas substâncias que se encontravam, alma e corpo, e que na morte se separavam, alma para um lado e corpo para outro.
Claro que nunca houve uma mesma resposta. Já dizia o autor do Eclesiastes (3,19-21): “Pois o que acontece........





















Toi Staff
Sabine Sterk
Gideon Levy
Penny S. Tee
Waka Ikeda
Mark Travers Ph.d
John Nosta
Daniel Orenstein
Beth Kuhel