Bem-vindos aos EUA. Favor disponibilizar a alma à entrada
As fronteiras normalmente atravessam-se com um passaporte, bagagem e alguma paciência para as habituais filas extensas. Ao que parece, a juntar-se a esta lista, está um novo elemento que até agora ousávamos chamar de “vida privada”.
A proposta apresentada pela Agência Federal da Alfândega e Protecção de Fronteiras pretende elevar a barreira do turismo a um ponto de intrusão surpreendente numa democracia ocidental, o que é, no mínimo, caricato, vindo da nação que se auto-intitula a “terra dos livres”. Entrar nos Estados Unidos poderá exigir não só cinco anos de redes sociais, mas também dez anos de emails, cinco de números de telefone, endereços IP, uma árvore genealógica e, num golpe de imaginação orwelliana, até o ADN. Vá, até que vamos com sorte, ainda não nos pedem um comprovativo de lealdade profunda ao grande líder.
Para 42 países, o acesso aos EUA para viagens curtas exigia apenas o ESTA, uma autorização electrónica relativamente simples. Porém, este documento cujo custo........





















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