A caminho de uma Medicina da Família
A família é a base do modelo de constituição e construção da comunidade, escola de valores, lugar de partilha, ponto de encontro geracional e interpessoal, referência identitária, abrigo e proteção dos ainda não autónomos ou dos que perderam a autonomia ou que a viram diminuída por fragilidades.
Concebendo a Saúde não apenas como a ausência de doença, mas num conceito bem mais amplo de almejado bem-estar, a família é a unidade primária onde o estado de saúde global se materializa e de onde emana para a comunidade. Deste modo, na saúde, como em tantos outros aspetos da nossa vida em sociedade, a família não é apenas um somatório de indivíduos unidos por especiais relações de afecto e partilhando um espaço comum, mas possui dinâmica e vida própria alinhada ou desalinhada com o conceito de bem-estar e a caminho ou em descaminho da construção da felicidade. A família é uma escola fundamental de valores, que incluem a aprendizagem e prática de estilos de vida, mas mais que isso, comportamentos também éticos e solidários e responsabilidades na vida em Sociedade. Medicina Familiar ou Medicina da Família podem parecer a mesma coisa – e o nosso sistema de saúde assenta até no conceito de “Medicina Geral… e Familiar” – mas na realidade, por boas que fossem as intenções de quem o concebeu, quando muito (e quando funciona) a Medicina Familiar foca-se em cada indivíduo que constitui a família não olha a família como uma entidade autónoma, que é maior que a soma dos seus constituintes e que deve ser considerada como a unidade de saúde por excelência. Há excepções, mas são raras e dispersas.
A família surge assim como um pilar da Saúde Pública, em variados aspectos, e em todas as fases da vida: na adopção de hábitos de vida saudáveis, de higiene, alimentação, prevenção, gestão emocional, que inclui o sucesso e a derrota, a vulnerabilidade, o sofrimento e a perda, de interação cooperativa, solidária e participativa na sociedade, de integração no meio ambiente, ele próprio determinante da saúde.
Dou alguns exemplos da importância da parceria da família com as políticas públicas de saúde. Na infância:
Na saúde ainda da infância, mas sobretudo da adolescência, o consumo de drogas proibidas para fins recreativos é um problema terrível, com tremendo impacto na saúde quer individual quer social, e com enorme potencial de desestruturação da família, mas também frequentemente afecta pessoas provenientes de famílias já disfuncionais, incapazes de fornecer enquadramento e apoio, ou mesmo pessoas desligadas de qualquer contexto familiar. Esta é uma situação de imensa........





















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