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O que está do outro lado do muro? 

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09.06.2025

O meu teatro sempre pretendeu dar voz a quem não tem voz. Assim, no passado, os protagonistas das minhas peças foram poetas esquecidos, idosos abandonados, soldados solitários, homens em busca de amor.

Nas primeiras conversas com o Ricardo Carriço percebemos imediatamente que as pessoas com deficiência motora estavam exatamente nessas condições. Nas conversas que fomos tendo com pessoas portadoras de deficiência percebemos que lhes era muito difícil encontrar parceiros e sensibilizar imprensa e opinião pública para a sua realidade.

Na minha cabeça e na do Ricardo acendeu-se imediatamente uma luz: vamos levar estas vidas para o palco. Vamos, de uma forma esperançosa, mostrar o dia-a-dia destas pessoas e o que pequenas alterações nos nossos comportamentos podem facilitar-lhes imensamente a vida.

No processo de escrita e........

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