Ou a Iniciativa se reestrutura ou fecha a porta
Há momentos na vida de um partido em que é preciso parar e fazer uma pergunta simples: para onde é que vamos?
A Iniciativa Liberal está nesse momento. E não há como fugir à evidência: estamos sem rumo. Não por culpa de um único líder, mas de toda uma estrutura que se foi anulando a si própria — que perdeu iniciativa, hesitou onde devia decidir, e taticou quando devia mobilizar.
A Comissão Executiva falhou. Falhou em criar estratégia, em liderar, em antecipar. E agora, mesmo com a liderança em aberto, os vice-presidentes não assumem. Ninguém quer liderar. Ninguém quer decidir. Preferem esperar. Jogar. Medir cada passo com régua política, esquecendo que o país não espera por cálculos internos.
E quando a tática se sobrepõe à missão, a política morre.
A responsabilidade é coletiva. Não se limita a Rui Rocha — abrange todos os que aceitaram, calaram, hesitaram ou assistiram de braços cruzados. Se é para continuar neste registo, sem ideias, sem visão e sem chama, então mais vale saírem para o lado e deixarem espaço a........
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