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O algoritmo de bata branca: confiaria num médico d

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09.05.2025

Imagine entrar numa consulta e, em vez de um médico de bata branca, ser recebido por um ecrã. Do outro lado, ou talvez apenas em segundo plano, um algoritmo. Esta cena, que até há pouco parecia ficção científica, é hoje uma realidade em expansão. Modelos de inteligência artificial (IA) já colaboram com humanos em exames médicos e analisam exames com rapidez e precisão. Mas a pergunta essencial permanece: devemos confiar num médico digital?

A promessa é sedutora. A IA na Medicina pode acelerar diagnósticos, reduzir o erro clínico e oferecer planos terapêuticos personalizados. Algoritmos treinados com milhões de dados conseguem detetar padrões invisíveis ao olho humano e tomar decisões com consistência. Em áreas como a dermatologia ou a radiologia, há exemplos de aplicação já corrente em clínica, como por exemplo, sistemas que analisam imagens com uma acuidade comparável à de especialistas experientes. Para o doente, isto traduz-se em diagnósticos mais rápidos, decisões mais objetivas e, potencialmente, melhores resultados.

Mas há um preço escondido nesta revolução silenciosa. A confiança, um dos pilares fundamentais da relação........

© Observador