O Fim de Linha para Pedro Nuno Santos
As dinâmicas político-partidárias são um jogo que muitos dizem entender, mas que poucos conseguem dominar e concretizar. Pedro Nuno Santos à vista desarmada aparentou, inicialmente, ser apresentado com um Partido Socialista frágil, dividido internamente e desgastado de oito anos de governação. Nada poderia estar mais longe da realidade, como demonstraram as eleições legislativas, em que mesmo depois de todos os casos que envolveram o governo socialista, apenas umas dezenas de milhares de votos os separaram da Aliança Democrática (AD). A vitória esteve perto, mas, sem maioria à esquerda para instaurar uma Geringonça 2.0, mudou as suas atenções para o próximo passo, as Eleições Europeias, a oportunidade perfeita para colocar em cheque a AD. Com a proximidade da derrota eleitoral anterior os problemas aumentaram. Os restantes integrantes do Partido Socialista, maioritariamente ex-figuras do governo de António Costa, compreenderam que o poder estava perto e a pressão interna para fazer cair Pedro Nuno Santos aumentou Se a derrota eleitoral fosse grande teriam aguardado pacientemente o próximo Congresso Socialista para o remover de Secretário-Geral. Como na política a arte se sobrepõe ao artista, Pedro Nuno Santos seguiu as regras dos livros maquiavélicos e procurou ver-se livre das suas oposições internas, retirou-lhes espaço televisivo substituindo-os por pessoas da sua confiança e em plenário remeteu-as para........
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