Caro Henrique Raposo, “dobra o joelho”, e agradece!
1 Ajoelhar é um gesto, independentemente da autenticidade e genuinidade de quem o pratica, intrinsecamente bom. Ele não resulta, essencialmente, da cultura, ou de “modas” mais ou menos efémeras e circunstanciais. Ele é um gesto antigo, emerge da Bíblia; é usado pelos cristãos desde os primórdios e sempre foi considerado como um gesto de súplica, de adoração, de gratidão. Longe se ser uma prática vazia e ridicularizável, sempre foi vivida e testemunhada como um gesto de respeito, e como uma expressão de súplica e adoração, perante algo extraordinário, vital, fundante… como é a presença real de Cristo na eucaristia. Ajoelhar-se é tipicamente visto nos Evangelhos como uma forma de expressar súplica e adoração; é um ato de adoração à majestade de Deus. Por isso, Jesus ajoelhava-se para rezar; por isso, os católicos ajoelham-se durante a oração. É um ato de humildade, de senso das proporções reconhecer a nossa própria pequenez diante do Criador. Por outro lado, somos corpo e espírito e, correspondendo a uma exigência da nossa natureza humana, sentimos a necessidade de traduzir exteriormente os nossos sentimentos. Na verdadeira tradição da igreja de dois mil anos o corpo, dizem-nos os sábios, sempre esteve associado à oração. Ajoelhar-se durante a Missa é um gesto antigo, que exprime uma verdade espiritual profunda que está ligada à presença real de Jesus no altar. Não nos esqueçamos da nossa posição de criaturas, de pecadores diante da grandeza e da santidade de Deus. Por isso, caro Henrique Raposo, “dobra o joelho”, e agradece! Dobrar o joelho é um gesto poderoso de gratidão.
2 Claro que para o típico homem contemporâneo, orgulhoso e auto suficiente; para o Homem “medida de todas as coisas”, o acto de ajoelhar é incompreensível na nossa cultura, causa embaraço e vergonha. O Homem contemporâneo perdeu o encanto, a transcendência; não se ajoelha. O Homem contemporâneo não se verga perante o mistério, perante o sagrado, perante Deus. A cultura moderna, infectada pelo veneno do secularismo e do relativismo contemporâneo afastou-se da Fé e colocou no centro o homem como a medida de todas as coisas. Por isso, caro Henrique Raposo, não estando certamente neste grupo de pessoas… “dobra o joelho”, e agradece! Não tenhas preconceitos e raciocínios elaborados… sê simples! Num mundo com tantos e tantos ídolos,........





















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