O desafio climático e ambiental nas cidades
Até ao dia 27 de maio, data em que o Observador organiza a Cimeira das Cidades, desafiamos alguns especialistas a escrever sobre os desafios das urbes do futuro. A entrada no evento é gratuita, mediante inscrição, que pode ser feita AQUI.
As alterações climáticas e a degradação ambiental não são fenómenos paralelos, mas expressões convergentes de um mesmo desequilíbrio sistémico – sociedade, ambiente e clima. Nas cidades, esta interdependência é particularmente evidente: a má qualidade do ar, o desaparecimento de espaços verdes, a impermeabilização do solo, a perda de biodiversidade e os padrões de consumo e mobilidade baseados em combustíveis fósseis não apenas amplificam a pressão ambiental como alimentam a mudança climática. Deste modo, os espaços urbanos tornam-se mais vulneráveis a eventos extremos, como ondas de calor, tempestades severas, inundações fluviais e costeiras, secas e incêndios.
No século XXI, os espaços urbanos concentram mais de metade da população mundial e são responsáveis por cerca de 70% das emissões de gases com efeito de estufa. São, por isso, protagonistas centrais na problemática climática e ambiental. Nas cidades, e muito em particular em Portugal, temos assistido a um aumento cumulativo da perigosidade, da vulnerabilidade e da exposição aos eventos........
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