Animais vítimas de incêndios florestais? Deixa-os arder
No incêndio florestal em Ponte da Barca as chamas voltaram a ceifar a vida a centenas de animais, que nem contabilizados estão ainda. Os mais de 400 operacionais envolvidos no combate ao fogo não conseguiram evitar a suas lamentáveis mortes. Em Arouca e Santarém o cenário repete-se: as pessoas têm sido obrigadas a abandonar os seus animais, acabando a maioria deles por morrerem queimados vivos.
A responsabilidade está longe de ser dos operacionais, vem de quem está sentado em gabinetes e não de quem corre para combater os incêndios. É já bem extenso o histórico de acontecimentos que envolvem animais em situações de catástrofe, mostrando-se o Estado, recorrentemente, incapaz no que diz respeito à prevenção contra incêndios e demonstrando, igualmente, descoordenação na capacidade de resposta em situação de auxílio e de salvamento, pelas entidades competentes. É bem extenso e trágico.
Os incêndios que têm assolado as florestas portugueses na última década mataram centenas de milhares de animais que foram queimados vivos, só em Pedrogão, em 2017, estimam-se que tenha ascendido a meio milhão. Este é um exemplo entre muitos outros desde 2015, isto para não irmos mais para trás. Uma situação calamitosa, com implicações várias, desde económicas, sociais e ambientais.
Em Portugal é através do........
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