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Pela pena se vive, pela pena se revela

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29.05.2025

Há figuras que não se impõem pelo rasto clínico que deixam nem pelas marcas institucionais que constroem, mas antes pelo traço da escrita… e pela névoa de palavras que as envolve. Recentemente, num jantar de apoio a um dos candidatos à presidência da Secção Regional Norte da Ordem dos Médicos, alguém afirmou, com franqueza algo desconcertante: não conhecer o candidato. Um desconhecimento curioso, vindo de quem partilha o mesmo espaço no maior hospital do norte do país.

A revelação do nome parece não ter nascido da prática clínica, mas de outra matéria: o verbo. Ganhou atenção pelo que escreveu, e pelo que escreveram sobre ele, quando um alegado esforço de silenciamento foi invocado para justificar o ruído em seu torno. Sem essa auréola de mártir involuntário, talvez não tivesse atraído tantos olhares. Claro está que cada um é livre de formar a sua opinião que é íntima e intransmissível, mas quando essa opinião se afasta de factos concretos e verificáveis, corre o risco de deixar de ser crítica legítima para se tornar mera maledicência. E, nesse caso, não........

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