O vírus da virtude
Parece vivermos numa época em que a moral se tornou num espetáculo. As redes sociais transformaram a virtude num produto de exibição, e a indignação num ritual diário. Cada comentário inflamado, cada partilha indignada, cada agressão verbal, é um gesto de sinalização moral, uma forma de dizer ao mundo “eu é que estou do lado certo”.
Mas o problema da moral exibida não é a intenção – é o contágio. Como um vírus, o moralismo alastra rapidamente, infetando conversas, opiniões e até o pensamento. E, tal como um vírus, provoca também sintomas previsíveis: febre de superioridade, perda de empatia e uma inflamação crónica do ego.
Do ponto de vista evolutivo, a moralidade tem uma função social: reforçar a coesão do grupo, punir quem engana e premiar quem coopera. Nas sociedades pequenas, essa vigilância mútua era essencial. Quem mentia ou traía a confiança dos outros arriscava-se a ser expulso do grupo e, na savana, isso equivalia a uma sentença de morte.
Mas o ambiente........





















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