É preciso alimentar os fregueses partidários
Sabemos como é difícil que o PS e o PSD consigam entender-se em questões estruturais de forma a garantir uma estabilidade mínima de políticas públicas quando muda a cor partidária do governo.
Os dois maiores partidos não conseguem entender-se sobre programas curriculares ou métodos de avaliação no ensino básico e secundário, sobre modelos de financiamento do ensino superior, sobre o esqueleto de organização do Serviço Nacional de Saúde, sobre níveis de fiscalidade para empresas e particulares, sobre uma política de imigração ou sobre a parcela de capital que o Estado deve manter na TAP.
Esta lista podia continuar até ao fim do artigo. Ambos os partidos fazem questão de manter permanentes divergências, muitas vezes postiças, porque pensam que é dessa forma que se afirmam como alternativa quando estão na oposição.
Todos recordamos, por exemplo, o folhetim que foi a negociação do Orçamento do Estado para este ano, quando estava em causa a descida de um ponto percentual do IRS – um ponto percentual, senhores.
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Pois estes adversários políticos figadais, que até sobre o logotipo do governo conseguem divergir ferozmente como se disso dependesse a nossa prosperidade, encontram depois nalguns assuntos terreno para um preocupante consenso.
A reversão de uma parte da redução do número de freguesias é disso o último exemplo. Durante meses, os dois principais partidos........
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