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Oremus pro Papa!

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02.03.2025

Desde que se soube da hospitalização do Papa Francisco, gerou-se, entre os cristãos, um movimento mundial de oração pelo Santo Padre. Graças a Deus e aos milhões de fiéis que rezam pelo Papa, o seu estado de saúde é agora muito melhor, embora ainda seja preocupante. Enquanto para os crentes de outras religiões, os agnósticos e os ateus estas notícias apenas despertam a curiosidade devida a uma figura pública, os católicos sabem que o Papa, seja quem for, é sempre o pai comum de todos os fiéis, ou seja, no dizer inspirado de Santa Catarina de Sena, o Vice-Cristo na terra.

O Papa Francisco, como os seus antecessores, desperta grandes entusiasmos e, também, algumas críticas. Contudo, nestes momentos, porventura os últimos do seu pontificado, esses estados de ânimo superficiais dão lugar a uma comum atitude de piedade filial, que a todos leva a rezar pelo Papa, com sincera devoção. Este afecto é teológico, pois não radica na sua personalidade, mas na sua condição de sucessor de Pedro. Em termos sacramentais, o Papa é apenas mais um bispo, mas representa e chefia a Igreja universal e, por isso, ubi Petrus, ibi Ecclesia, ibi Deus, ou seja, onde está Pedro, está a Igreja e está Deus.

Sempre que é anunciado um novo Papa, a reacção dos fiéis é de júbilo. À multidão, congregada na Praça de São Pedro, é dito que lhes vai ser dada uma grande alegria: gaudium magnum annuntio vobis! A fórmula curial é proferida, em latim, pelo cardeal mais antigo da ordem dos diáconos, na loggia da Basílica de São Pedro, muito próxima da Capela Sixtina, onde ocorre a eleição papal. Mas, como pode o povo fiel exultar com a eleição de quem nem sequer conhece o nome?! Com efeito, nessa altura a identidade do novo Papa ainda não foi publicamente revelada e, por isso, a alegria se deve ao facto de a sua eleição ter posto termo ao luto que a Igreja universal viveu desde a morte,........

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