Lisboa tem-se afirmado nos últimos anos como um dos destinos turísticos mais atrativos da Europa. Este crescimento, impulsionado por uma combinação de atrativos culturais, gastronómicos e climáticos, aliado a uma intensa agenda de eventos – em 2024, o ranking anual da International Congress and Convention Association classificou Lisboa como a segunda cidade do mundo com mais eventos realizados – levanta hoje uma questão central: até que ponto faz sentido continuar a expandir a oferta de hotelaria na cidade, num contexto de crescente pressão sobre o território e mercado habitacional?

Os dados falam por si. Entre 2014 e 2024, o fluxo turístico na Área Metropolitana de Lisboa aumentou em cerca de 70% e as chegadas internacionais ao aeroporto cresceram 94%, colocando a cidade no mapa global como um destino de excelência, segundo os mais recentes dados do INE/Travel BI.

Esta evolução da procura tem sido igualmente acompanhada por uma forte expansão de oferta, com novos hotéis e mais alojamentos locais em Lisboa. Nos últimos 10 anos, o stock hoteleiro em Lisboa aumentou 47% enquanto as dormidas subiram 52%, o que mostra que a procura tem superado ligeiramente a oferta. Segundo a Oxford Economics, as dormidas pagas em Lisboa deverão........

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