Três caminhos para uma saúde pública mais forte
A saúde pública não se reforça com improviso, reforça-se com antecipação. Portugal conta com uma rede de laboratórios clínicos capaz de garantir o acesso a análises clínicas em horários alargados, uma vigilância laboratorial contínua e uma resposta eficaz a emergências de saúde pública. A proposta está feita. O que falta, agora, é agir e formalizar.
Portugal aprendeu, da forma mais difícil, que a resposta à saúde pública não pode ser improvisada. A pandemia de COVID-19 revelou as fragilidades de um sistema que, perante a urgência, teve de recorrer aos setores convencionados sem um protocolo estável, atrasando diagnósticos e comprometendo a eficácia da resposta. Hoje, essa memória parece desvanecer-se.
O país permanece sem um plano formal que integre os laboratórios convencionados na resposta nacional. O que está em causa não é apenas o reconhecimento institucional, mas sim a construção de um modelo de saúde pública verdadeiramente preparado, integrado e justo.
A proposta apresentada pela Associação Nacional dos Laboratórios Clínicos (ANL) ao Ministério da Saúde responde concretamente a três necessidades críticas e complementares do país. Não exige novas infraestruturas, apenas a valorização e a integração formal de uma........
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