Há poucos dias, o estudo “Continuidade e Mudança nas Políticas Públicas em Portugal”, da Fundação Francisco Manuel dos Santos, mostrou uma das faces da “amigocracia” reinante na política portuguesa, habitualmente utilizada pelos governantes para controlarem a direção das políticas públicas: as reorganizações administrativas, as alocações orçamentais e as nomeações para cargos dirigentes, garantindo o meio e o conteúdo, mas apenas raras vezes a competência e o mérito.

É o tradicional “banco de favores”, como descreve Paulo Coelho na sua obra “O Zahir”, onde se trata esta metáfora, poderosa nas redes do poder, na garantia de apoio e da sua reciprocidade, onde em vez de dinheiro os “depósitos” são gestos, ajudas,........

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