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Um Funeral de Esquerda – A culpa é sempre dos outr

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21.05.2025

A esquerda portuguesa não foi derrotada, já estava morta por inanição ideológica e negligência moral. O que vimos nestas legislativas de 2025 não foi apenas uma queda: foi um funeral. Sem dignidade, sem luto, sem um pingo de autoconsciência.

Tudo começou com a geringonça, celebrada como feito histórico, quando mais não foi do que uma farsa. A esquerda radical, que sempre prometeu resistir, rendeu-se com um sorriso nos lábios ao PS de António Costa, o verdadeiro culpado de toda esta situação. Fingiu que controlava, mas foi manipulada. Fingiu que impunha, mas engolia. Com isso, governou. Mas governou mal.

No momento político mais determinante desde o 25 de Abril, a esquerda trocou princípios por lugares e mais grave, trocou o povo por estatísticas. É curioso que a esquerda se apresente como solução para a pobreza, mas nem os mais pobres nela votem.

Costa, mestre do jogo sujo mas sempre sorridente, impôs a sua narrativa maniqueísta: ou ele, ou o caos. A esquerda em bloco, alinhou, como se não houvesse alternativa. O pior? Deixou que, sob o seu silêncio e conivência, crescesse uma alternativa no extremo direito.

O bicho papão era politicamente útil ao PS para se poder apresentar como única salvação nacional. Esse é, afinal, o modus operandi do nosso PS. Perdem utilidade? Cria-se........

© Observador