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Andando sobre brasas

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13.05.2025

De acordo com o PORDATA a Despesa Pública depois de um período de relativa estabilização entre 2009 e 2019 está a acelerar. Os governantes têm tendência a falar sempre da despesa em percentagem do PIB, onde existe alguma oscilação mas não um crescimento económico acentuado. Mesmo visto desta maneira, é claro que o crescimento económico anémico conseguido está a ser muito utilizado para dar combustível ao aumento dos gastos correntes do Estado.

Ainda me lembro bem da polémica que acompanhou as últimas decisões do governo de José Sócrates de construção de autoestradas. Os defensores da construção acenavam com estudos económicos que demonstravam à saciedade que todas elas gerariam proveitos futuros. Os detratores afirmavam que a dívida acumulada junto da JAE/IP nunca poderia ser paga e levaria à penúria das gerações seguintes. O primeiro-ministro foi nessa altura autor de uma frase que foi repetida e gozada à exaustão: “As dívidas dos Estados são, por definição, eternas. As dívidas gerem-se”. Se nos colocarmos fora da guerrilha política, é claro que a despesa associada corresponde aos juros e amortização da dívida, mas também deve ser claro........

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