Cultura não é só agenda: repensar a política cultural
Com o início dos novos mandatos autárquicos, é impossível não reparar que a cultura continua a ter, em geral, menos importância do que deveria. Todos falam do seu valor, da sua relevância para a cidade, para a economia, para as pessoas… mas, na prática, ficamo-nos, na maior parte das vezes, por palavras. Falta continuidade na aplicação das políticas públicas culturais, falta planeamento, e falta ligação às comunidades, que muitas vezes não são envolvidas. E sem isso, a cultura acaba por ser tratada como acessória, algo que aparece de vez em quando, e depois desaparece.
É um padrão que se repete há anos. Há discursos inspiradores, promessas bonitas e intenções certas, mas pouca ação concreta. O orçamento encolhe. Os projetos ficam a meio. O que poderia ser uma política pública sólida acaba reduzido a eventos isolados, como encontros esporádicos cumprindo apenas uma checklist.
Mas o que realmente falta não é talento, nem ideias. Falta estratégia. A cultura prospera com continuidade nos projetos e nas políticas públicas, e com o envolvimento ativo de artistas, associações e cidadãos, que garantem que os programas culturais respondem às necessidades e interesses reais da comunidade. Quando há planeamento, quando há vontade política, os resultados aparecem.
Os Jardins do Bombarda, em Lisboa, são um bom exemplo disso. Um antigo hospital psiquiátrico........





















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