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51 anos de CDS. E um ano de decisões tremendas para Sintra

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26.07.2025

Quando o CDS nasceu, eu tinha três anos. Desde que me lembro de mim, lembro-me do CDS. Nascido em Angola e chegado a Sintra com 14 anos, vi crescer um partido de responsabilidade, de equilíbrio e de serviço. Um partido que nunca precisou de gritar para ser ouvido. Que não nasceu da contestação, mas da construção. Que sempre preferiu somar a dividir.

Ao longo destes 51 anos, o CDS fez parte de oito governos constitucionais, foi pilar da Aliança Democrática, teve voz no Parlamento Europeu e presença constante no poder local. Mesmo com menos votos, manteve os seus princípios. Foi, tantas vezes, a cola entre diferentes visões da direita portuguesa — uma direita que não grita, que não se envergonha, que constrói. Um partido que nunca deixou de se representar, mesmo quando perdeu representação. Este ano celebramos esse percurso — e celebramos o que ele representa para o futuro, com o seu 51º aniversário assinalado precisamente em Sintra.

Há quem diga que o CDS, ao candidatar-se em Sintra, está a dar palco a outras forças, a dividir o centro-direita, a “partir” uma solução. Como se a liberdade de pensar pela própria cabeça fosse um erro estratégico. Como se a missão de um partido devesse ser apenas seguir o que os outros fazem. Recusamos essa lógica. O que destrói a política não é a fragmentação, é o fingimento. Já houve demasiado “voto útil” que deixou os cidadãos órfãos de alternativas autênticas e se sacrificaram demasiadas convicções........

© Observador