O Bom, o Mau e o Vilão numa Europa à defesa
“O Bom, o Mau e o Vilão” é um clássico dos filmes de cowboys, marcado por uma icónica banda sonora de Ennio Morricone. Para quem não se recorde, o filme narra a história de três aventureiros que, durante o período da guerra civil americana, procuram uma arca com ouro roubado. O filme faz um retrato psicológico complexo e tipificado das três personagens principais: O Bom – Blondie (Clint Eastwood) é um pistoleiro com sentido de honra; O Mau – Angel Eyes (Lee Van Cleef) é impiedoso e não olha a quaisquer meios para atingir os seus propósitos; e O Vilão – Tuco Ramirez (Eli Wallach) é impulsivo, rancoroso e um mentiroso compulsivo.
O filme explora temas de lealdade, traição e a natureza do bem e do mal. O enredo, com confrontos, voltas e reviravoltas, é marcado pela astúcia e habilidades de cada um dos protagonistas, para manipular toda e qualquer situação a seu favor.
O clímax da história culmina no icónico duelo no cemitério, onde os personagens confrontam as suas diferenças e as suas motivações. No final, a busca pelo tesouro revela mais sobre a natureza humana do que sobre a riqueza material, deixando-nos a reflectir sobre a verdadeira essência do “bom”, do “mau” e do “vilão”, num mundo onde as linhas entre eles são frequentemente esbatidas.
Neste filme intemporal, podemos traçar um paralelo bastante real com a actualidade, onde Volodymyr Zelensky brilha como o “Bom”. Ele é o herói destemido, que levanta a bandeira da liberdade e da dignidade no meio da guerra, lutando pela soberania da Ucrânia. A sua coragem inabalável e a busca por apoio diante da opressão, lembram-nos que a verdadeira riqueza reside no ser, assente na humildade, justiça e na humanidade.
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Por outro lado, Vladimir Putin assume-se como o “Vilão”, um governante........
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