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Trump, imperador Ming - quando a China se fechou

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06.04.2025

Era uma vez dois países em hemisférios diferentes — um gigante, outro de reduzida significância— que, por volta do ano de 1400, se encontraram diante do mesmo oceano. Um virou costas. O outro avançou.

Na grandiosa corte da dinastia Ming, em Pequim, o imperador Yongle olhava o mundo do alto do seu trono de jade. À sua volta, conselheiros sábios, eruditos confucianos, sustentavam que a China era o centro do universo. E como centro, dizia-se, não precisava de conquistar mares nem fazer comércio com povos distantes e incultos.

Mas Yongle, imperador de visão ampla, quis ver mais longe. Enviou ao mar o almirante Zheng He, com frotas tão grandes que as caravelas europeias pareceriam brinquedos. As viagens correram o mundo — Índia, Arábia, África. A China podia ter dominado os oceanos. Podia ter sido o primeiro império global.

Mas a história quis outra coisa.

Após a morte de Yongle, os conselheiros........

© Observador