E no dia 19?
No próximo dia 18 não terei dúvidas: votarei no CDS (onde está) como de costume, que não sou desses que, cansados de um casamento antigo, correm atrás da primeira minissaia.
Tenho dúvidas de que a AD ganhe com maioria absoluta. Se não acontecer, ficamos como estamos e arrastar-nos-emos penosamente até que o eleitorado dê sinais de estar farto dos discursos aos “portugueses e portuguesas” anunciando mais um pequeno bodo, um pequeno triunfo, e a nomeação de uma comissão para a reforma tímida disto ou daquilo – no SNS, na Justiça, na habitação, na fiscalidade, no “combate” aos incêndios e à tragédia dos sem-abrigo e outras tragédias.
Se e quando acontecer nova consulta eleitoral será provavelmente sob a égide de um novo Presidente. E se este for o almirante que talvez ache coisas ponderosas sobre o país e o mundo, mas guarda essas profundidades para si enquanto se alivia de banalidades, já estou daqui a vê-lo a dizer que é necessário “devolver a palavra aos Portugueses”, a consagrada expressão para quem gasta paleio pré-fabricado.
Podia não ter de ser assim. Nesta altura teria sido possível que os senhores jornalistas competissem para ventilar as dissensões que haveria no seio do Governo, entre os ministros da AD que queriam reformar isto e aquilo enquanto os colegas do Chega arrepelavam os cabelos porque certas........
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