Um Banco para a reforma
As recentes notícias sobre a nova sede do Banco de Portugal não deixam de causar perplexidade aos cidadãos.
Por um lado há o facto de a operação ter sido decidida a poucas semanas do final do mandato, como se se tratasse de uma situação de urgência.
Mas a principal razão de estranheza é os cidadãos ficarem a saber que o Banco ainda planeia manter ou mesmo aumentar o grande número de funcionários que emprega, a ponto de se dispor a gastar duzentos milhões de euros para acomodá-los, sendo certo que aquela entidade, ao aderir ao Sistema Europeu de Bancos Centrais, quando Portugal entrou no Eurogrupo, cedeu o exercício da maior parte das suas competências ao Banco Central Europeu.
Poder-se-á argumentar que o cidadão comum não faz ideia de quantos funcionários necessita o Banco para as suas actividades. Realmente é fácil saber quantos empregados necessita uma mercearia de bairro, mas é difícil acertar na quantidade de cérebros que têm que dedicar-se ao estudo da economia e finanças para apoio às decisões governamentais, ou para........
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