Trabalhas bem? Ninguém quer saber…
Não são os diplomas. Nem a produtividade. Nem sequer o talento.
A grande diferença entre um bom profissional e um excelente, no futuro, será outra: a coragem de se reinventar a cada novo colapso.
Vivemos a era da obsolescência acelerada. As competências de hoje são as relíquias de amanhã. O que ontem nos destacava, hoje já nos limita. E enquanto o “bom profissional” continuará a seguir o plano, a checklist, a metodologia validada, o excelente profissional estará a destruir o mapa inteiro para construir o seu próprio território.
A excelência já não mora no manual, morará na disrupção pessoal.
Durante décadas, construímos uma ideia de “bom profissional” baseada em critérios sólidos, mas profundamente ultrapassados: pontualidade, competência técnica, cumprimento de objetivos, estabilidade emocional. Esse perfil serviu-nos bem num mundo estático, previsível, com fronteiras claras entre setores, funções e estatutos. Mas esse mundo morreu. Durante anos, os hard skills foram os reis do mercado. Saberes técnicos, frameworks, certificados. Hoje, isso é apenas o ponto de partida.
Saber fazer é básico. Saber ser é raro. Saber provocar transformação será ouro.
Num mercado inundado de especialistas, os generalistas criativos vão destacar-se.
Num mundo cheio de profissionais “bons”, os excelentes serão os que conseguirem criar vínculos........
© Observador
