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Antissionismo: o novo embrulho para a mesma náusea

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12.07.2025

Numa das muitas empreitadas de barrela ideológica que o jornal Público presta ao activismo do costume, a senhora Bárbara Reis, que não conhecia de lado nenhum, decidiu aproveitar um artigo de Alberto Gonçalves no Observador, para lavar com Omo Zoharn Mamdani, o novo queridinho da esquerda nova-iorquina e, no mesmo fôlego, fazer doutrina sobre o que é o antissionismo.

Começo pelo óbvio: O sionismo era um movimento que preconizava a criação de um Estado para os judeus, nas suas terras ancestrais. Esse estado chama-se Israel e já está criado há 75 anos, quase um século. Obviamente, ser antissionista é ser contra a criação de Israel. Faz sentido ser contra a criação de algo que já está criado?

Não faz, pelo que o “antissionismo” é outra coisa.

Segundo a senhora, Mamdani não é antissemita, apenas antissionista. Como quem diz: não odeia os judeus, só quer que o Estado deles desapareça do mapa. É uma “diferença abismal”. É mais fino. Mais progressista. Mais lavadinho. É o menu dos aiatolas e dos aiatolos.

Convém esclarecer: Zoharn Mamdani diz que é muçulmano e “socialista democrático” (comunista, na língua de pau da política americana), ou seja, é um oxímoro com pernas. Mas diz também que é “black”, afro-americano e asiático, tudo ao mesmo tempo. Com não é mestiço e tem a pele branca, pode dizer-se que o senhor Zoharn é tudo o que lhe dá jeito. Por exemplo, ser antissemita, sentindo-se não antissemita. Isto pode se confuso para os leitores. E é, mas não para Bárbara Reis.

A criatura ganhou as primárias da esquerda nova-iorquina a prometer boicotes a Israel, a “globalização da Intifada” e a berrar as palavras mágicas que toda a canalha grita com a convicção dos justiceiros do Tik Tok: “From the river to the sea”. Nada........

© Observador