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50 anos depois: redescoberta da História colonial portuguesa

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Na próxima quarta-feira, 5 de Novembro, seremos testemunhas de um fenómeno singular: o desenterrar de memórias quase adormecidas há meio século. Trata-se de levantar a laje tumular das fontes autênticas da História da presença portuguesa em Angola e noutras antigas colónias.

Os protagonistas são improváveis: livros !!! Ressuscitados, convertem-se em fontes de água viva da História. Parecem saídos do Thriller de Michael Jackson, cobertos de teias de aranha. Mas não: estão, escorreitos, vivos e bem vivos!

O evento terá lugar no Anfiteatro 1 da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, às 17h30, reunindo académicos de prestígio e personalidades do mundo financeiro, empresarial, cultural e militar. De forte significado cultural e académico, esta cerimónia é um verdadeiro presente para os estudiosos da História das antigas colónias portuguesas, num esforço de renovação das fontes genuínas da presença portuguesa no mundo até 1975.

Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

Serão apresentadas, pelos seus doadores, cinco coleções de excecional valor histórico e patrimonial: a Biblioteca Ultramarina da Caixa Geral de Depósitos, o acervo do Instituto de Investigação Científica Tropical, o espólio do etnólogo José Redinha, o acervo de Daniel dos Santos Nunes e a Biblioteca Angolana.

Em paralelo, inaugura-se uma exposição no átrio da Faculdade, com livros e publicações que testemunham idealismos, viagens e ações ao longo de sucessivas conjunturas históricas. É quase um filme em 3D, uma travessia por mundos múltiplos onde se cruzam memórias e descobertas.

Expõem-se obras produzidas e colecionadas por figuras e instituições distintas — dos acervos de Redinha e Daniel dos Santos Nunes às bibliotecas do Banco Nacional Ultramarino e do antigo Instituto de Investigação Científica Tropical. Diversa e fascinante, a mostra revela percursos pessoais e institucionais diferentes nas motivações, mas unidos pelos saberes perenes da cultura. Trajetórias cheias de intenções e emoções, umas efémeras, outras sonhadas como eternas.

Somos aqui convidados a redescobrir o saber e a pluralidade do mundo........

© Observador