Milei não é o Bambi. É o adulto na sala
É irónico: a imprensa internacional, sempre tão tolerante com desastres socialistas, entra em pânico quando um governo decide ser responsável. Michael Stott, editor para a América Latina no Financial Times, alerta que Javier Milei está a fazer “uma aposta arriscada” no peso argentino. O que Stott chama de risco, os argentinos chamam de realidade.
“Não se come superavit.”
Também não se janta com promessas socialistas.
Na peça em causa, o FT queixa-se do aumento de argentinos a viajar para o Brasil, do preço da carne, da vida dura. Pois claro. Uma terapia de choque não se confunde com spa. Depois de anos a anestesiar a economia com dívida, impressão monetária e falsos subsídios, Milei teve de ser cirurgião, não massagista.
Durante décadas, o Estado argentino distribuiu miséria com um sorriso. O resultado foi um país funcionalmente falido, onde trabalhar era sinal de estupidez e onde a classe média desaparecia entre o mercado negro e o subsídio. Não era o modelo liberal que........
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