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Leituras e reflexões para férias (II)

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1 “O populismo é o futuro da política “ disse Steve Bannon (que foi um dos estrategas de Donald Trump) no “Almoço com o Financial Times” publicado a 5/6 de Julho (FT Weekend, p. 3 de “Life & Arts”).

A tirada vem na sequência da sarcástica pergunta do cronista do FT, Edward Luce, sobre se ele concordava em 70% com o novo candidato “socialista” que vencera as eleições primárias do Partido Democrata em Nova Iorque (de nome Zohran Mamdani). A resposta foi enfática: “Concordo em 50%”. E acrescentou: “O tradicional Partido democrata está morto. (…) Toda a política é hoje acerca da autenticidade (…) Mamdani pode mobilizar as pessoas”.

2 Esta é uma introdução expressiva a um dos temas centrais da política actual: o da erosão dos ideais e dos partidos centrais — do centro-esquerda e do centro-direita — e da re-emergência dos discursos revolucionários da esquerda e da direita radicais.

Era conhecido o fenómeno à direita na América, com Trump-Vance, bem como em vários países europeus. Agora está a acontecer à esquerda: um “socialista democrático” (designação que, na América, é percepcionada como anti-economia de mercado) acaba de vencer as eleições primárias do Partido Democrata em Nova Iorque; e, no Reino Unido, o sr. Corbyn anuncia a criação de um novo partido à esquerda dos ancestrais Trabalhistas do centro-esquerda.

3 Mas as partes radicais não devem ser tomadas pelo todo. Na recente visita oficial do Presidente Macron ao Reino Unido, o Rei Carlos III recebeu-o no Castelo de Windsor (com 900 anos) e propôs um brinde a uma........

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