A combustão dos Mercados
Nos últimos anos, a narrativa da eletrificação automóvel ganhou uma dimensão quase dogmática. A mobilidade elétrica foi tratada não como uma evolução de mercado, mas como um desígnio inevitável e, aquela que seria uma opção tecnológica legítima, foi elevada à condição de imperativo moral e, por consequência, político.
Contudo, os consumidores, enquanto condutores silenciosos da verdade económica, optaram por travar a fundo na hora de comprar um carro elétrico e insistem em expor as limitações dessa narrativa.
Tomemos como exemplo a Fiat, uma marca que sempre viveu da mobilidade acessível, que decidiu voltar aos motores a combustão com o novo Fiat 500 híbrido e abandonar assim os planos de eletrificação exclusiva de um dos seus modelos com maior sucesso comercial. Fê-lo anos após ter abandonado a produção do 500 com motor a combustão e investir fortemente na eletrificação do 500.
Foi preciso um fiasco comercial para a marca do universo Stellantis perceber o óbvio: a procura não acompanha a teoria. O pequeno e nada acessível 500 elétrico só vendeu 20.000 unidades no ano de 2024 e obrigou a marca a fazer inversão de marcha e introduzir, pela primeira vez, um motor a combustão numa plataforma de carro elétrico para assim almejar vendas – do pequeno e agora acessível 500 híbrido – que se preveem rondar as 100.000 unidades por ano. É caso para dizer que o Fiat 500 foi morto pela burocracia e ressuscitado pelos mercados que é como quem diz, por todos nós.
O mesmo se passa no extremo oposto do mercado. Até a Porsche, ícone da engenharia alemã e sinónimo de adaptação às exigências dos seus clientes de luxo, acabou........





















Toi Staff
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