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Entre coração e algoritmos: professora na era IA

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11.05.2025

Sou professora do ensino superior há mais de 20 anos. E, como tantas mulheres apaixonadas pelo que fazem, vivo cada semestre com um misto de expectativa e entusiasmo. Ensinar, para mim, é mais do que transmitir conhecimento — é orientar, acompanhar, acreditar. É um papel quase maternal: vibro com as conquistas dos meus alunos, emociono-me com os seus sucessos, e preocupo-me quando se perdem.

Ao longo destas duas décadas, vi passar várias gerações. A geração pós-crise era cautelosa e pouco exigente, marcada por um tempo de contenção. Depois, vieram os estudantes da pandemia, gratos por cada momento de socialização presencial, resilientes e carentes de ligação humana. E agora, eis que me encontro a dar aulas à chamada geração da Inteligência Artificial. Uma geração hiperconectada, cheia de ferramentas ao dispor, com acesso ilimitado à informação — mas que, muitas vezes, precisa........

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