José Sócrates não aconteceu no vácuo
Com a tranquilidade de ter escrito, não agora, mas em Janeiro de 2009, no auge do poder de José Sócrates, que a sua “forma de actuação cria em seu redor (e replica-se ao longo de toda a administração pública) uma clara apetência pela subserviência da concordância sistemática em detrimento da lealdade da discordância fundamentada o que é facilitado pela sua incompreensão quanto ao facto dos funcionários públicos deverem lealdade ao Governo mas apenas à Lei deverem fidelidade” e “por tudo isto, que cria um clima favorável à decisão ineficiente a prazo e à corrupção imediata, embora permita decisões rápidas e focadas nos objectivos, eu não tenho dúvidas em discordar dos métodos de actuação de José Sócrates.”, penso que talvez seja a altura para lembrar que José Sócrates não aconteceu no vácuo, teve precedentes e consequentes.
Experiências pessoais são sempre limitadas, mas comecemos por uma história real, vivida por mim, ainda Sócrates era o secretário de Estado Adjunto de Elisa Ferreira, na altura independente não especialmente conotada com o PS, conhecido nos corredores como o Zé das Sobras porque Elisa Ferreira tinha entregado tutela das grandes instituições ao secretário de estado escolhido por si, Ricardo Magalhães, deixando pequenas coisas sem relevância, como a defesa do........
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