Foi uma semana, a que passou, interessante para vermos as perspetivas diferentes que Banco de Portugal e Governo têm sobre o futuro. Na Rua do Comércio agravam-se as preocupações com a deterioração das contas públicas, num quadro de elevada incerteza. Na João XXI, em Lisboa, onde agora está boa parte do Governo, parece imperar a visão de que as políticas públicas terão a capacidade de nos isolar do que se está a passar no mundo.

Naquela que, com elevada probabilidade, será a sua última intervenção sobre a economia portuguesa, uma vez que o Governo deverá em breve tomar a decisão de não renovar o seu mandato, Mário Centeno fez alertas muito importantes. Entre os que merecem especial atenção estão os relativos às contas públicas, enquadrados num abrandamento da economia e numa conjuntura global desafiante e muito incerta, nomeadamente por causa da política norte-americana de “tira e põe” tarifas.

Repare-se que apesar de uma política orçamental marcadamente expansionista –........

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