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O IRS das eleições autárquicas?

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02.07.2025

A passagem do último trimestre de 2024 para o primeiro de 2025 mostrou que a descida do IRS não teve efeitos duradouros e foi incapaz de contrariar os ventos desfavoráveis que chegam do exterior. A conjuntura internacional de grande incerteza teve, aparentemente, mais força do que os estímulos do Governo, através da redução do IRS e do suplemento extraordinário para as pensões mais baixas. Mas o Governo parece esperar que desta vez seja diferente, ao argumentar que quer descer o IRS o mais depressa possível, o que poderá acontecer já em Agosto, de acordo com o Expresso, com o objetivo de aumentar o consumo e combater o abrandamento da economia. O que o passado recente nos diz é que esses efeitos são temporários.

Os últimos dados das Contas Nacionais divulgados pelo INE têm alguns sinais de alerta. Depois de uma segunda metade de 2024 marcada pelo acentuado aumento do rendimento, o seu crescimento afundou no primeiro trimestre. E como o consumo teve um aumento mais elevado, a poupança caiu, ainda que ligeiramente. Ou seja, as pessoas foram às poupanças para gastar mais do que receberam. Colocando números em cima disto: o rendimento disponível bruto aumentou 1,3% no primeiro trimestre face ao último de 2024, enquanto o consumo subiu 1,5%. Como consequência a taxa de poupança baixou de 12,5% para 12,4%.

Quando olhamos para os

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